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Guia de finanças para barbeiros e cabeleireiros autônomos: organize seu dinheiro, ganhe mais e tenha tranquilidade

Se você é barbeiro ou cabeleireiro autônomo, este guia de finanças para barbeiros e cabeleireiros autônomos foi feito especialmente para ajudar você a controlar melhor o seu dinheiro, planejar o futuro e aumentar seus lucros de forma inteligente e sustentável. Administrar as finanças sendo autônomo é um grande desafio, mas com algumas práticas simples é possível sair do sufoco, evitar dívidas e até realizar sonhos como abrir sua própria barbearia ou salão.

guia de finanças para barbeiros e cabeleireiros autônomos
Imagem de Orna por Pixabay

Neste artigo, vamos mostrar tudo o que você precisa saber para montar um planejamento financeiro eficiente, organizar receitas e despesas, lidar com impostos, investir no crescimento do seu negócio e garantir uma reserva de emergência. Boa leitura!


Por que barbeiros e cabeleireiros autônomos precisam de um guia financeiro?

Ao contrário de quem trabalha com carteira assinada, barbeiros e cabeleireiros autônomos não têm salário fixo, férias remuneradas ou benefícios. Toda a renda depende do fluxo de clientes, datas comemorativas, sazonalidades e até de imprevistos, como doenças ou acidentes.

Por isso, ter um guia de finanças para barbeiros e cabeleireiros autônomos é essencial para lidar com períodos de baixa demanda, custos com materiais, aluguel de cadeira ou sala, marketing, impostos e investimentos em cursos de atualização.

Sem planejamento, é comum ver profissionais talentosos vivendo com o dinheiro contado, sem conseguir separar uma parte para emergências ou para o próprio futuro.


1. Tenha controle de todas as entradas e saídas

O primeiro passo é anotar tudo o que entra e o que sai. Use uma planilha de controle financeiro ou aplicativos gratuitos, como Organizze e Mobillis ou até uma planilha no Excel.

  • Anote o valor de cada corte, penteado, química ou serviço.

  • Registre todas as despesas: aluguel da cadeira ou do salão, produtos (shampoo, tintura, lâmina, toalhas), contas de luz, água, transporte, marketing (panfletos, redes sociais) e cursos de capacitação.

Com esses números, fica mais fácil identificar onde dá para economizar, quanto realmente sobra por mês e quanto é possível guardar.


2. Defina um pró-labore

Mesmo sendo autônomo, é essencial definir quanto você vai “se pagar” todo mês. É o chamado pró-labore.

Por exemplo: se seu faturamento médio é R$ 5.000, reserve uma parte fixa para seu salário (ex: R$ 3.000) e deixe o restante para despesas do negócio, investimentos em melhorias e uma reserva financeira.

Assim, você evita misturar finanças pessoais com as do trabalho — um dos maiores erros de quem trabalha por conta própria.


3. Tenha uma reserva de emergência

Imprevistos acontecem: um mês fraco, uma doença, um equipamento que quebra. Para não ficar no vermelho, é fundamental ter uma reserva de emergência.

O ideal é guardar o equivalente a pelo menos 3 a 6 meses do seu custo de vida. Por exemplo: se suas contas somam R$ 3.000 por mês, sua reserva deve ser entre R$ 9.000 e R$ 18.000.

Guarde esse dinheiro em uma conta separada, de preferência em uma aplicação que renda mais que a poupança, como o Tesouro Selic ou CDBs de liquidez diária.


4. Regularize seu CNPJ e pague menos imposto

Um erro comum de muitos barbeiros e cabeleireiros é trabalhar só como pessoa física. Vale muito a pena abrir um MEI (Microempreendedor Individual).

Com o MEI, você emite nota fiscal, paga menos imposto (o valor fixo mensal gira em torno de R$ 70, dependendo da sua atividade) e ainda garante direitos como aposentadoria por idade, auxílio doença e licença maternidade.

Além disso, muitos salões ou empresas só contratam profissionais formalizados, então ter um CNPJ pode abrir portas.


5. Invista em capacitação e marketing

Finanças também é pensar em crescer. Reserve parte do seu lucro para se atualizar: faça cursos de novas técnicas, participe de workshops e use as redes sociais a seu favor.

Divulgue seus trabalhos no Instagram, TikTok ou Facebook, crie um portfólio online e incentive clientes a indicarem seus serviços — o famoso “boca a boca” ainda é imbatível, mas hoje ele se potencializa na internet.


6. Separe suas contas pessoais das profissionais

Se possível, tenha contas bancárias separadas: uma para despesas do negócio e outra para despesas pessoais. Isso facilita saber se o negócio é lucrativo e evita misturar gastos da casa com compras para o salão.


7. Planeje o futuro

Mesmo ganhando bem hoje, é fundamental pensar no futuro. Afinal, barbeiros e cabeleireiros autônomos geralmente não têm aposentadoria garantida. Por isso:

  • Contribua para o INSS como MEI.

  • Invista uma parte do que sobra em uma previdência privada ou em investimentos de longo prazo.

  • Pague contas em dia para não perder crédito na praça.

Assim, você garante uma velhice mais tranquila.


Perguntas frequentes sobre finanças para barbeiros e cabeleireiros autônomos

1. Qual a melhor forma de cobrar pelos serviços?
Sempre tenha uma tabela clara de preços. Avalie o mercado local, calcule seus custos e não tenha medo de ajustar valores conforme sua especialização. Ofereça pacotes ou combos para atrair clientes e aumentar o ticket médio.

2. Vale a pena trabalhar em salão alugando cadeira ou abrir meu próprio espaço?
Depende do seu momento financeiro. Alugar cadeira tem custos menores e menos burocracia. Já ter seu próprio salão exige investimento inicial, licenças e custos fixos mais altos, mas pode trazer mais lucro no médio prazo.

3. Como fazer meu dinheiro render?
Guarde parte do lucro em investimentos conservadores, como Tesouro Direto, CDB ou fundos de renda fixa. O ideal é diversificar para não depender só do movimento da barbearia.

4. É preciso declarar imposto de renda?
Sim. Mesmo como MEI, se você ultrapassar o limite de isenção (R$ 30 mil de lucro anual, em média), precisa declarar. Busque ajuda de um contador para não ter problemas com a Receita Federal.


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